Hum.
Eu creio que eu tenho um problema: é mais legal ler blogs do que escrever em blogs.
Porém, férias ou simplesmente a falta de ter o que fazer nos leva à procura de ter o que fazer: ou se cria um blog ou se escreve no que já se tem (quando já cansamos de ler e reler o dos outros, claro).
Mas, voltemos à minha primeira reflexão: por quê ler blogs?! Quando as pessoas procuram alguma utilidade pública na internet é mais plausível a utilização desta ferramenta. Não pra mim. A minha utilidade não é bem pública, de fato é meramente pessoal. É a libertação que a falsa privacidade que a internet proporciona que impressiona: o quanto uma pessoa, ainda que inconscientemente, é capaz de se expôr?! Não vergonhosamente. E sim no que diz respeito aos seus própios sentimentos e anseios.
Seria absurdo afirmar que pelo menos, sei lá, 40% do que nós escrevemos (seja em blogs, em agendas, diários, provas de matemática, na parede do banheiro público) nos traduz em palavras!? E que essas palavras são fugas para os nossos sentimentos (ou o rumo certo?)?! Creio que eu ficaria desiludida com todos os livros se assim não fosse.
Sem nem contar que a escrita é muito mais pessoal do que a própia imagem e voz (essas novidades (pra mim) de fotolog e afins não convencem (a mim e quem quiser) a curiosidade pelo outro).
Talvez se todos tivessem um lugar em que deixassem registrados seus acontecimentos diários, suas conquistas e seus pensamentos insignificantes (ao primeiro olhar), talvez pudessem se compreender melhor.
A si mesmos e entre si.
No momento eu compreendo que eu sempre crio utopias exageradas a respeito da humanidade com coisas extremamentes simples. Mas quem sabe sempre vale a pena tentar?
Continuarei minhas leituras...
